Nova linha de financiamento tende a impulsionar segmento de imóveis

A Caixa Econômica Federal (CEF) anunciou a criação de uma nova linha de financiamento habitacional com taxa fixa. As contratações já podem ser feitas com juros entre 8% até 9,75% por ano. A variação depende da duração do financiamento e do vinculo do cidadão com a instituição financeira.

Além disso, a Caixa pretende colocar mais de 10 bilhões de reais a disposição dessa nova linha de crédito. Sendo assim, o segmento de imóveis a nível nacional tem se mostrado de acordo com as projeções de crescimento a partir deste ano.

Conforme a visão do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), a medida tomada da instituição financeira é considerada ousada. Isso porque o Sevoci-MS salientou que não observava uma medida desse modelo nas últimas três décadas.

Além disso, a tendência é aumentar a concorrência entre os próprios bancos. Porque as demais entidades do segmento vão se sentir pressionadas a agir para não correr o risco de perder a sua clientela. Por isso, a expectativa é que os outros players do mercado financeiro também apresentem condições melhores aos seus clientes a curto prazo.

Nova linha de financiamento
Comprando casa – Foto: FreePik

Tudo isso demonstra a confiança no fortalecimento na área imobiliária brasileira. Afinal, a taxa de juros básicos atual está na casa de 4,25%. E, simultaneamente, a Caixa divulga uma nova linha de financiamento para aquecer o setor. Por isso, o mercado deve responder e comprovar a expectativa de crescimento nos próximos meses.

Relevância da nova linha de financiamento

Já o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 14ª Região (Creci-MS) classificou como “excelente notícia” para todo o cenário imobiliário nacional. Já que há grande ansiedade para verificar como o mercado deve reagir as novidades anunciadas pela Caixa. Melhorando, assim, o acesso ao crédito imobiliário tanto com a diminuição das taxas quanto incentivando a construção de imóveis para comercialização e locação.

Segundo as informações das agências de notícias, as condições da nova linha de crédito se referem as casas novas e usadas. Enquanto a possibilidade de financiamento deve cobrir até 80% do preço da propriedade. Portanto, o cidadão poderá selecionar entre os sistemas de amortização SAC (com parcelas decrescentes), para contratos de até 360 meses, ou Price (parcelas fixas), para financiamento de até 240 meses.

Clientes

Como citado anteriormente, as taxas são distintas em função do tipo de vinculo do cliente com a Faixa Econômica Federal. A taxa mínima, referente a 8% para financiamento de uma década, será destinada para indivíduos que já são clientes da CEF. Na mesma modalidade, o índice chega a 8,5% para um contrato de duas décadas e para 9% quando alcançar 30 anos de duração.

Já as pessoas que resolverem abrir uma conta, as taxas oscilam entre funcionários do setor privado e público. Nas tratativas para dez anos, o funcionário público pode obter taxa de 8,25, enquanto o profissional do segmento privado arcará com 8,5%. Para uma duração de 20 anos, a taxa se sustenta entre 8,75% (público) e 9% (privado).

Já aqueles que preferirem não contar com um serviço bancário da Caixa e se limitar a pegar a nova linha de financiamento, a taxa chega a 9,75% para os contratos mais longos de 30 anos.

Para o Secovi, o cliente conseguirá tirar boa vantagem com essa nova modalidade de crédito. Já que com o juro prefixado, o cidadão vai arcar com a mesma quantia da primeira até a última mensalidade. Portanto, a clientela poderá se planejar adequadamente para pagar em dia. Além disso, a projeção de redução do desemprego e com o crescimento da confiança do consumidor devem ajudar a alavancar a economia nacional.

Nova linha de financiamento
Casa nova – Foto: FreePik

A percepção da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul) é bastante semelhante. Isso porque a entidade também entende que a grande modificação é para quem pretende comprar um imóvel. A Acomasul classificou como “uma mudança muito positiva para o setor de construção”. Uma vez que a pessoa que visa adquirir uma propriedade quer saber quanto vai pagar. E, especialmente, se as taxas de juros pré-fixadas são vantajosas.

Outras formas de crédito na Caixa Econômica

Além da nova linha de financiamento, a Caixa Econômica já havia anunciado a diminuição dos juros para o mercado imobiliário. Isso por causa dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O juro mínimo praticado no crédito com verba de poupança caiu de 8,50% mais Taxa Referencial (TR) para 7,50% mais TR.

Vale lembrar que outra forma de financiamento foi apresentada em agosto de 2018. Na época, a Caixa ofereceu o financiamento habitacional com correção pela inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais uma taxa fixa. A linha conta com taxa de taxa de 4,95% do valor financiado mais correção do IPCA.

Neste caso, a porcentagem pode alcançar 2,95% da quantia financiada para as pessoas com boa relação com a instituição estatal. Portanto, os números são ajustados todos os meses, prestação a prestação, de acordo com o último IPCA. Para essa modalidade, bem como a nova linha de financiamento, foram colocados 10 bilhões de reais a disposição.

Quantia aplicada no mercado imobiliário

Segundo o balancete da Caixa Econômica Federal, foram 90 bilhões de reais repassados em crédito imobiliário no ano passado. A instituição recuperou o topo do ranking na contratação com quantias da linha SBPE. Saltando, assim, da 4ª posição para a liderança em 2019.

Já o saldo da carteira de crédito habitacional se elevou 4,6% em 12 meses e alcançou R$ 465,1 bilhões no último mês de dezembro. Enquanto no ano passado, foram contratados mais de 35 bilhões de reais somente no Programa Minha Casa Minha Vida. Um número correspondente a 318,3 mil unidades habitacionais no território nacional.

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