Nas placas de anuncio de construção e comercialização de imóveis, existe uma evidencia de que a retomada do crescimento do mercado imobiliário de São Paulo apresenta novidades. Diferente do que aconteceu no momento antes da crise, com as grandes empresas e incorporadoras dominando o cenário, os empreendimentos de médio porte estão em voga agora.
Portanto, essas companhias de tamanho médio estão conseguindo se tornar referência dentro do cenário nacional. Marcas menos reconhecidas aparecem nas campanhas de lançamento em praticamente todas as regiões da maior cidade do Brasil.
Ascensão dos empreendimentos de médio porte
A justificativa se encontra na situação atual e nas dificuldades econômicas encaradas pelas grandes corporações no decorrer da crise econômica. Segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), as empresas maiores concentravam os recursos e os empreendimentos de médio porte e pequeno porte acabaram um nível abaixo nesse fator.
Portanto, esses negócios não contavam com estrutura financeira para fazer concorrência na aquisição de terrenos, por exemplo. O contexto prolongado de crise terminou por alterar essa dinâmica no mercado.
Descapitalizadas, as empresas de grande porte deixaram espaço para que pequenos e médios negócios conseguissem criar o seu banco de terrenos. E ainda assim, se permitiu que muitos projetos agora possam estar saindo do papel e ganhando corpo. Ou seja, a concentração de poder financeiro registrou uma queda significativa na área imobiliária.
Além disso, essa variação estabelece dinâmica de novos entrantes, projetos distintos e concede mais alternativas ao consumidor. No ano de 2019, o segmento anunciou o lançamento de cerca de 55 mil unidades residenciais em São Paulo. Uma quantia 50% acima dos números registrados no ano anterior. Além disso, essas unidades corresponderam a 42% de tudo que foi lançado no território nacional.
Fundos
Outro quesito que facilitou o crescimento dos empreendimentos de médio porte é a liquidez elevada no cenário, impulsionada pela queda sucessiva dos juros. Recentemente, os fundos de investimento estão auxiliando na capitalização das empresas menores, que conquistaram maior capacidade para negociar a aquisição de terrenos e o desenvolvimento de projetos.
Em contrapartida, as grandes companhias sofreram ainda com a escalada de distratos. Ou seja, a devolução de imóveis motivada pela crise econômica desde 2017. Sendo assim, as construtoras estão começando a retornar ao mercado, o que tem tudo para acirrar ainda mais a disputa.
Momento de otimismo para o segmento imobiliário
Afinal, as grandes corporações precisaram parar, se reorganizar e estão buscando a retomada nos negócios. E esse movimento está elevando a concorrência nas novas compras, uma vez que existe a necessidade de assegurar a montagem de novos estoques de terrenos.
Afinal, a crise fez com que as companhias diminuíssem as suas estruturas e muitas até fecharam as portas.
Conforme a previsão do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-SP), os empreendimentos de médio porte estão fortalecidos e com fôlego para aproveitar esse momento de recuperação da confiança do consumidor em nível nacional.
No entanto, esse movimento também deve contemplar futuros lançamentos de empresas pequenas e grandes a curto e médio prazo. Os próximos meses serão bastante agitados e interessantes para o campo imobiliário.
