Pelo potencial de criar vagas de trabalho, o mercado imobiliário de Brasília é uma das áreas mais relevantes para a economia regional. A boa notícia é que o segmento terminou o ano passado com marcas positivas e expansão.
Embalada pela diminuição na taxa de juros e na disponibilidade de crédito, a melhoria, em 2019, promoveu o otimismo dos empresários e associações, que já prevêem o ano corrente como um período de fortalecimento da retomada do setor.
O crescimento do ano passado é corroborado pelo Índice de Velocidade de Vendas (IVV), que alcançou 8% diante de 6,7% de 2018. O número foi o dobro de 2015, quando ficou na casa de 4%. O indicador foi anunciado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/DF) e pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/DF), com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
A marca é revelada todos os meses a partir da divisão entre a quantidade de unidades oferecidas pela quantia comercializada. O resultado do ano é calculado levando em consideração a média de todos os meses.
Por isso, o Sinduscon/DF fez questão de salientar a capacidade de geração de serviço e renda oportunizada pela ascensão do mercado imobiliário de Brasília. Conforme a entidade, a área tem força de criar vagas rapidamente para a camada da população que mais necessita (com baixa renda e baixa escolaridade). Já que é uma indústria que depende consideravelmente da mão de obra desses trabalhadores que fazem parte do quadro de desemprego atual do país.
Fatores para consolidação do mercado imobiliário de Brasília
A diminuição da taxa de juros, influenciada pela baixa na Selic, foi um dos motivos essenciais para o reaquecimento do segmento. Isso porque ocorreu o aumento da oferta de crédito imobiliário e, consequentemente, mais pessoas tiveram acesso.
Além disso, o começo da recuperação da economia brasileira e local também estimulou o mercado imobiliário de Brasília nos últimos meses. Já que esses fatores repassam segurança tanto aos investidores quanto ao usuário final.
Portanto, esse ano tem tudo para ser o período de confirmação do fortalecimento iniciado em 2019. Ou seja, o ano passado ainda foi de inflexão, quando se abandona uma situação de crise e se vislumbra o resgate do mercado. Já 2020 deve representar a consolidação da recuperação do setor, atrelado ao crescimento das vendas.
Segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal, o ano passado contabilizou cerca de 2,5 bilhões de reais de valor geral lançado. A medida que essas propriedades serão comercializadas, há diversos impostos que serão cobrados e a arrecadação do Governo permitirá o investimento em obras, infraestrutura e melhorias.
Ainda conforme a Ademi/DF, o ano iniciou com os bancos a procura de clientes, tanto compradores quanto investidores. Esse movimento faz com que as alternativas cresçam e que a compra de imóveis se torne muito mais viável.
Equilíbrio do mercado
De acordo com o Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi/DF), a expectativa para 2020 se mostra muito positiva para o mercado imobiliário de Brasília. No entanto, o ideal é que a expansão se suceda de maneira equilibrada, sem excessos. Já que, além da evolução nos lançamentos, ocorre uma melhora no segmento de usados.
Portanto, a entidade espera que a aceleração do segmento seja contínuo e equilibrado. Tudo para se evitar um aquecimento fora de controle. O objetivo é que aconteça de maneira constante, algo que os negócios realmente precisam.
E, sem dúvida, a expectativa positiva está baseada na taxa de juros e nas reformas que o Governo está promovendo. Na visão do Secovi/DF, o Brasil se mostra em estágio maduro para lidar com esse movimento.
Além disso, o Sindicato pontuou que a instabilidade política no exterior também colaborou para o foco maior em imóveis. Esses fatores internacionais acarretam em insegurança para o investidor. E que acabou por se concentrar em negócios confiáveis como a aquisição e locação de imóveis.
Ou seja, o aluguel imobiliário também voltou a figurar como um negócio vantajoso. Porque o recurso em investimento de renda fixa apresenta instabilidade nos dias de hoje.
Confira as alterações do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) desde 2015:
- 2019 – 8%
- 2018 – 6,7%
- 2017 – 6,3%
- 2016 – 5,1%
- 2015 – 4%
