A Caixa Econômica Federal vai aumentar as linhas de negócios vinculadas ao financiamento do segmento imobiliário a partir deste ano. Isso porque a instituição financeira vai se basear na situação de referência da área para aumentar receitas em um mercado que está se fortalecendo gradativamente no território nacional.

Enquanto projeta o aumento de 30% das liberações de crédito para aquisição de casas em 2020, a Caixa Econômica ainda quer acelerar o home equity. Ou seja, os empréstimos em que a pessoa fornece um bem como garantia para receber juros mais baixos. O objetivo é ampliar a relação com a clientela.

Objetivos da Caixa Econômica Federal neste ano

Com uma carteira de aproximadamente 480 bilhões de reais no fim do ano passado, o banco está a frente no tocante ao crédito imobiliário nacional. No total, a instituição financeira possui 60% do nicho. Apesar de ser a maior no setor de home equity, os seus ativos chegam a 6 bilhões de reais. Uma quantidade avaliada como tímida pelos especialistas no mercado.

Caixa Econômica Federal
Foto: FreePik

Além disso, a Caixa Econômica Federal está iniciando o financiamento para aqueles que almejam adquirir aproximadamente 70 mil imóveis retomados em função da falta de pagamento. Esses imóveis estão avaliados em aproximadamente em 5 bilhões de reais.

Há 24 anos, a instituição tentou comercializar uma parcela dessa carteira em grandes lotes. Só que o leilão não foi bem sucedido. Na metade de 2019, o banco iniciou uma linha na área vinculada ao IPCA, principal índice de inflação do Brasil.

Até agora, o banco já liberou 5 bilhões de reais através dessa linha e também aprovou mais 11 bilhões de reais. A partir de março, a Caixa vai liberar uma linha imobiliária prefixa. O intuito é que 50% do que for gerado por essas duas linhas seja repassado a investidores.

Vendas de ativos

Enquanto aumento a variedade do mercado de imóveis, a Caixa Econômica Federal desenvolve os seus planos para se desapegar de ativos não necessários. Essa é uma medida tanto para diminuir exigência de capital quanto para ampliar a sua eficácia.

Além dos valores que precisa acumular com a lista dos braços de seguros, a instituição estatal ainda tende a se beneficiar com a comercialização de participações em negócios e bens próprios. Por um lado, a instituição vai reunir ativos imobiliários próprios, incluindo de bancos e prédios de escritórios, em dois fundos com 1,5 bilhão de reais cada.

Caixa Econômica Federal
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Em outra possibilidade, a Caixa vai conservar a fase de vendas e participações indiretas, diretas ou que gerencia. Em 2019, a instituição liberou o correspondente a 16 bilhões de reais em ações, desde Banco do Brasil até Petrobras. A ideia é ainda se liberar de uma parcela de 36% do capital do Banco Pan.

Boa parte dos fundos gerados pela comercialização de ativos acaba sendo utilizado para repassar ao Governo Federal empréstimos feitos na última década recebidos com mecanismos mistos de capital e dívida (IHCD).

Em 2019, a Caixa Econômica Federal repassou 11 bilhões de reais. Neste ano, o intuito é retornar aproximadamente 8 bilhões de reais. Alcançando, assim, quase 50% dos aproximadamente 40 bilhões de reais tomados.

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